Londres, é uma das cidades do Mundo que “destila mais elán”. Ninguém no Mundo inteiro fica indiferente a esta cidade que “governa” um prestígio que abraça todos os continentes com uma ferramenta a que se chama Commonwealth.
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De todo o Mundo, pessoas de todas as raças, credos e profissões, chegam a Londres para participar numa das economias mais sólidas do planeta. Ás vezes, nem tudo corre bem e outras vezes, parece até correr bem demais. É o ponto de vista a fazer valer as oportunidades.
“Soraya” (nome falso), paulista, decidiu um dia deixar o seu Brasil e descobrir outras formas de vida na Europa. Em S. Paulo estudava na faculdade no curso de Administração de Empresas mas nem tudo era fácil. Decide então vir para a Europa e o primeiro destino é em Espanha onde trabalhou na prostituição durante 9 meses. No final desse tempo, conhece um casamento e fica 6 anos a trabalhar num restaurante. Do Brasil, acaba por trazer o filho que mais tarde acabaria por regressar.
– Quando foi de S. Paulo para Espanha, sabia em que ía trabalhar?
– Lógico que sim.
Em 9 anos, corre grande parte de Espanha (Madrid, Barcelona, Galiza, Astúrias, Valência, Canárias, Ibiza – sempre a trabalhar e em viagem permanente.
Num lapso de tempo, abandona a prostituição e passa a desempenhar as funções de streap tease continuando a correr Espanha de lés a lés.
Em Espanha, o casamento acaba por se transormar num tulmuto de vida que leva “Soraya” a considerar outros destinos. A crise instala-se em Espanha e “Soraya” escolhe Londres. “Ares novos e pessoas diferentes” terão sido o mote que a leva a optar por novos destinos e Londres acontece para acabar com a depressão que sentia no término do casamento que manteve em Espanha.
Chegou à capital britânica há menos de 2 anos e logo começa a sua função ao serviço do despe e veste para cada cliente.
Durante a entrevista, o telefone vai tocando a espaços regulares. Para todas as chamadas, a mesma conversa como se fosse uma gravação. Toca o telefone “Hello darling” – dá instruções sobre como chegar. Nº de porta, e forma de acesso sempre com o “darling” disponível.
Ao telefone, a voz torna-se meiga, lânguida e cativante e o telefone não pára de tocar. Ora alguém a perguntar preços, ora alguém que não consegue localizar a casa. Depois de cada atendimento, a entrevista continua.
Chega a Londres através de um amigo brasileiro que era segurança num “flat” e que lhe passou os contactos para iniciar “carreira” em Londres onde acaba por descobrir e contar nesta reportagem algumas curiosidades pouco conhecidas da sociedade civil.
Quando vem para Londres, sabe que muitos homens estarão no seu percurso de vida. Brixton, Camberwell, Harllesden, Willesden Green, são os lugares ao Sul de Londres por onde passa a vestir e a despir sempre que um homem aparece com as notas na mão.
Na sala onde gravamos a entrevista, apenas têm acesso as pessoas que estão a trabalhar. Os quartos, situam-se entre esta sala e a porta de acesso para a rua. Nesta mesma sala, um monitor ligado a um sistema de CCTV do exterior onde a chegada de cada cliente é controlada. Quando batem na porta, já antes estão anunciados mesmo sem o saberem.
Enquanto gravamos a entrevista numa sala, as mulheres despem a roupa que destapam a lingerie de rendas abundantes a conferir a gula sexual dos homens. . Uma de cada vez, vão mostrar-se ao cliente para que depois “Soraya” vá recolher a preferência do cliente, receber, apontar num caderno para voltar a gravar.
Depos de chegar a Londres “Soraya” encontra um homem cansado do casamento que tinha e unem vontades. Do anterior casamento desse homem, resulta a venda do apartamento que deixa uma margem financeira para que “Soraya” mude as agulhas da mesma vida e invista no seu próprio negócio. Nasce assim em Londres mais uma casa de putas, desta vez na parte Norte da cidade.
Depois da casa aberta, “Soraya” recorre aos seus contactos que antes tinham sido colegas de trabalho para formar o seu próprio elenco. Todos os dias o elenco roda e cada mulher tem dias certos para estar ao serviço uma escala fixa. Outras, gravitam na orla da escala e vão trabalhar conforme as conveniências.
Brasileiras, portuguesas, espanholas, polacas, romenas, italianas, francesas são o colorido das bandeiras que trazem sexo de pernas abertas aos homens que pululam na cidade.
– Também inglesas? – perguntamos.
– Inglesas não – responde “Soraya” – embora haja inglesas a trabalhar na prostituição em toda a cidade. Acho que deveria haver inglesas aqui mas ainda não foi oportuno – refere para acrescentar – já trabalhei com várias inglesas.
– Qual é a idade média das mulheres que trabalham aqui?
– Dos 20 aos 35 anos – diz “Soraya” que adianta – Estão a chegar muitas meninas que vêm de fora entre os 18 e os 20 anos e que vêm para a prostituição – diz “Soraya” que afirma que “os homens cada vez mais exigem meninas cada vez mais novas”.
– Se a prostituição não fosse crime aos 15 anos, os homens escolheriam meninas de 15 anos?
– Exactamente – diz “Soraya” sem hesitações. (VEJA!!!)
Quanto aos clientes, há para todos os gostos. Ou quase.
– Há clientes que vêm porque sabem que naquele dia determinada garota está de serviço. São os clientes regulares de derminada garota. Outros, vêm de forma indiscriminada – refere.
Num dia mexido, o numero de clientes atendidos podem chegar aos 45 a distribuir por uma escala que tem 3 mulheres ao serviço sendo uma delas a própria “Soraya” que se limita a gerir o negócio. “Não quero ainda ter uma recepcionista” – diz ao nosso reporter.
“Num dia calmo, podem-se facturar cinco clientes” diz “Soraya” para deixar cair a primeira pérola.
– Agora com o Ramadão o negócio caiu bastante” – diz “Soraya”.
Há muitos muçulmanos vindo aqui? – perguntamos.
– Muitos.
– Sente quebra no negócio por estarmos a atravessar a época do Ramadão?
– Bastante. Eles são os que mais frequentam esta casa – diz “Soraya”.
Quanto à nacionalidade dos clientes, “Soraya” refere uma lista interminável. Portugueses, brasileiros, franceses, belgas, italianos. Nem de propósito, tivemos que interromper a gravação. Novo cliente entrou no espaço de átrio e o CCTV mostra que começa a subir a escada. “Soraya” vai abrir a porta e regressa. “Cliente chinês” – refere.
De imediato, as mulheres presentes na sala onde os clientes não têm acesso, começam a tirar as roupas de malha para poderem, à vez cada uma, ir mostrar os seus atributos ao cliente. Depois do desfile para os olhos do cliente, mais uma vez, “Soraya” retira-se, regressa com o dinheiro na mão, menciona a escohida que se retira para o espaço de trabalho. “Soraya”, puxa do seu bloco de notas, faz o apontamento e volta à entrevista.
– Alguma nacionalidade faz a maioria dos clientes?
– Indianos – diz-nos “Soraya”.
No quadro de pessoal deste «empreendimento», fica de fora uma figura habitual. Gigolos, chulos e/ou proxenetas estão fora do negócio.
– Aqui não temos. Sempre existem por aí mas aqui não é preciso – refere “Soraya”.
“Aqui trabalhamos num ambiente de paz e tranquilidade. Cozinho para as meninas e elas para mim e tentamos ter uma relação de amizade para que nos possamos sentir bem. Na verdade, sou eu por elas e elas por mim, seja na limpeza do espaço ou na sua organização.
Quanto à segurança, nenhuma mulher trabalha sem preservativo. “Todas elas se cuidam bem e embora haja loucas para tudo, aqui o preservativo é usado.
– Sem preservativo não acontece nada – diz “Soraya”.
“Soraya”, refere o NHS (Serviço Nacional de Saúde) que tem um “serviço especialmente vocacionado para as prostitutas. Lá podemos levantar lubrificantes, preservativos ou fazer análises para sabermos como estamos e regra geral as mulheres que trabalham nesta actividade têm cuidados de saúde suplementares em função do risco”.
– Recorrem a esse serviço com frequência?
– Exatamente. Fazemos todos os tipos de exames que uma mulher precisa para se precaver.
No lote de serviços disponíveis, o “não” é possível.
– Uma garota pode dizer não a um cliente?
– Claro que pode.
– Quando?
– Quando o cliente é desagradável. O mau cheiro pode ser uma razão para a menina dizer não e se o disser não está obrigada a nada. Já estamos nesta vida que é fodida e não penso que seja justo obrigar a menina a fazer o que não quer se ela não se sentir bem.
– 15 minutos 30 libras, 20 minutos 40 libras, meia hora 60 libras e uma hora 100 libras.
– Dessa tabela de preços, qual o produto que mais vende?
– O mais barato devido à clientela que é maioritáriamente indiana e preferem a “rapidinha” – diz “Soraya” que adianta que embora escolhendo o preço mais baixo são geralmente clientes diários.
– Esse tempo é escrupulosamente cumprido?
– Absolutamente. Chega no final dos 15 minutos e acaba ali.
Do dinheiro encaixado, existe uma divisão. Uma parte para a casa e outra para a mulher que presta o serviço.
– Isso prefiro não comentar. Abafa a pergunta – diz “Soraya” a rir.
Ficamos com a ideia que cada mulher faz o seu negócio com a casa mas “Soraya” não concorda. “O negócio é igual para todas e todas as meninas recebem o mesmo pelo serviço prestado”.
Quanto à idade dos clientes, vai dos “jovens com 18 anos até aos 68 ou mais mas a média vai dos 25 aos 40” – diz a nossa entrevistada.
No rol das mulheres que um dia encaram esta forma de vida como profissão, existem depois aquelas que desistem e carregam o seu pé de meia no regresso a casa.
– Uma amiga de Gôiana que veio para cá, trabalhou um tempo, fez algum dinheiro e regressou a casa. Montou a sua própria loja, comprou um carro e está estabilizada no Brasil e não quer voltar mais a Londres.
– É um dinheiro rápido. Não é um dinheiro fácil mas é rápido – refere para continuar – se não se cuidar do dinheiro também desaparece rápido. O difícil, não é ganhar o dinheiro. O difícil, é saber guardar esse dinheiro.
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